domingo, 27 de setembro de 2009

Samsung apresenta seu primeiro telefone celular de código aberto



A Samsung Electronics anunciou nesta sexta-feira o lançamento de seu primeiro telefone celular de código aberto com sistema operacional Linux, informou a agência local Yonhap.
O aparelho com tela tátil estará disponível, em princípio, apenas para o mercado britânico, após o acordo alcançado entre Samsung e o maior operador móvel mundial, Vodafone, para inaugurar um novo serviço de internet no Reino Unido. O telefone de Samsung funcionará com o Limo, versão para móveis do Linux, um sistema operacional de código aberto que permite realizar aplicações e modificar software sem necessidade de pagar direitos.
O sistema Limo foi desenvolvido pela fundação homônima, formada por um consórcio mundial de empresas, operadores e fabricantes líderes na indústria da comunicação móvel que pretendem a difusão deste sistema aberto.
O inovador modelo sairá em exclusiva para o mercado britânico e se chamará Vodafone 360 H1 Samsung. O dispositivo de última geração dispõe de tela tátil de alta definição e das últimas funções para conectar-se a internet, baixar música ou ver filmes no telefone celular.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Novos eletrônicos: Motorola A45 Eco "Motocubo"

Pequeno e simpático, nova aposta da Motorola é um aparelho mais barato e voltado ao usuário que usa o smartphone principalmente em redes sociais, e não gasta tanto em planos de dados.



Desenvolvido no Brasil e visando os mercados emergentes, o Motocubo A45 Eco é o primeiro indício de que a Motorola ainda não está derrotada. A empresa que durante muito tempo dominou o mercado com seus belíssimos celulares tem perdido espaço para concorrentes como a HTC, Nokia e Apple.
Não, o Motocubo não tem pretensão alguma de ser um iPhone-killer. O alvo do novo aparelho é o público jovem, que já está acostumado à vida online, mas ainda não tem condições financeiras de bancar os salgados preços de pacotes de dados das operadoras. Tudo no Motocubo indica conexão e contato. Em poucos toques – nos botões, já que a tela não tem capacidade touchscreen – é possível acessar o Orkut, Facebook, MySpace, Last.FM e diversas outras redes sociais. Tudo isso em aplicativos simples e de baixo consumo de banda, já que o aparelho não dispõe de conexão 3G nem WiFi.

Mas nem quadrado é!

Uma das grandes inovações – mesmo em se tratando de Motorola – é o formato do aparelho. Pequeno o suficiente para caber na palma da mão, o Motocubo é mais uma mudança de direção no design dos aparelhos “Moto”. A empresa que trouxe inovações frequentes com V3, PEBL e AURA agora deixa o slider A45 Eco com jeito de brinquedo de criança.
Aliás, esse é o principal defeito do Motocubo se você pensar que o seu público é de adolescentes e jovens adultos – definitivamente um público que não aceita muito bem o rótulo infantil. O teclado QWERTY escondido por baixo da tela de 320 x 240 pixel – que não parece ser muito boa – é a primeira grande arma para conquistar esse pessoal de qualquer jeito. Inegavelmente, o principal uso do celular por esse grupo de consumidores é o envio de SMS. Mesmo que muitos sejam especialistas em escrever em teclados T9, não existe comparação no conforto e agilidade que um teclado completo oferece para se escrever num telefone.


O segundo encanto do Motocubo é a interface de usuário. Rodando no sistema proprietário da Motorola e com vários softwares desenvolvidos especialmente para o aparelho quase todos os aplicativos do Motocubo são acessíveis a partir de três ou quatro toques de botão. Entre esses aplicativos está o Google Maps – em versão exclusiva desenvolvida em parceria com a empresa de Mountain View – que calcula sua posição através de triangulação de antenas de celular, uma vez que o A45 Eco não dispõe de GPS real. A preocupação com a usabilidade foi tanta que os SMS – um dos principais usos esperados do aparelho – são separados por contato, e mostrados como numa conversa por mensageiro instantâneo.
Para fechar o pacote, o Motocubo chega com preço desbloqueado – fora de operadoras – de R$ 549,00, garantindo que não será apenas um aparelho bonito nas vitrines das lojas. Depois do subsídio de operadora com planos fechados de voz e dados, certamente esse preço cairá ainda mais.

Presença online

Apesar de não contar com grandes opções de conectividade de ponta – não dispondo de antenas 3G e WiFi – o Motocubo garante que seu usuário esteja sempre a um toque da internet. O apelo popular do A45 Eco para a Motorola é tanto que para garantir a conexão de quem comprar um Motocubo a empresa entrou em negociação com as operadoras para fornecer planos de dados pré-pagos ou com tarifas especiais para seus clientes. Como só ter o plano não basta, o celular também tem seu “jeitinho” de otimizar a transferência de dados via EDGE. Transferências de fotos para serviços como o Picasa, por exemplo, ocorrem através de mensagens multimídia (MMS) ao invés de consumir banda EDGE.
A navegação é feita no Opera – um dos principais navegadores para celulares disponíveis – que já vem pré-instalado no aparelho e também é acessível com poucos toques.
Outros aplicativos disponíveis podem parecer apenas exagero, mas certamente alguém fará bom uso deles. O MotoID reconhece músicas tocadas no ambiente e na mesma linha o exclusivo Midomi permite que o usuário cantarole no telefone para se lembrar de alguma música que gostou.


Portando um rádio FM com capacidade de reconhecer RDS (ou seja, podendo mostrar textos enviados pela emissora, como a programação e o nome da estação) e integrado com o Last.FM, o Motocubo apresenta o conector padrão para fones de ouvido (3,5 mm) e suporte AD2P para bluetooth estéreo. Mesmo que ninguém vá fazer muitos downloads via EDGE, o espaço de armazenagem do Motocubo é bastante razoável, com 2 Gb na caixa extensíveis até 32 Gb.
Como nem só de redes sociais e música se vende celular, a Motorola ainda instalou no A45 Eco alguns jogos de forte apelo, como o The Sims 2 e Spore e nos momentos de espera também é possível treinar a mente com Sudoku. Além disso, é impossível criar um celular para o público jovem e não incluir uma câmera. No caso do Motocubo, para manter o preço em patamares aceitáveis, a qualidade desse acessório acabou prejudicada, contando com apenas 2 Mpixel de resolução.

Ecologicamente correto

Uma vez mais tentando agradar ao seu público-alvo, o Motocubo vem embalado no conservacionismo. 25% do aparelho é produzido a partir de garrafas PET recicladas, e no momento do descarte, até 70% do equipamento pode ser reaproveitado. Além disso, o A45 Eco é certificado por ter rastro de carbono zero.
Infelizmente, em outro aspecto pode-se imaginar que a consciência ecológica não seja tão presente no Motocubo, mesmo sem fatos concretos. A bateria do equipamento não foi descrita pelo fabricante, mas em se tratando de Motorola, não se deve ter expectativas muito altas em relação à duração de cada carga.