terça-feira, 30 de junho de 2009

Dell pode desenvolver rival do iPod Touch


A Dell já está desenvolvendo um novo projeto que consiste em um dispositivo de acesso móvel à web para se tornar rival do iPod Touch da Apple.

Segundo informações do Wall Street Journal, o aplicativo seria um pouco maior que o iPhone, mas não será capaz de efetuar ligações. Ele terá conexão Wi-Fi e outros padrões da rede móvel.

Para concorrer com os smartphones que tem acesso à web, o dispositivo deve apresentar uma bateria melhor e uma tela maior, de acordo com o Info Online. A novidade pode chegar ao varejo até o final de 2009 e vai rodar o sistema operacional Android, desenvolvido com ajuda do Google.

A Dell não confirmou as informações e não se pronunciou oficialmente.

Redação Adnews

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Velocidade vendida do Speedy ficará mais próxima da realidade

O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, afirmou que assim que a operadora for autorizada pela Anatel a voltar a comercializar o serviço de banda larga Speedy, os planos de venda também serão diferentes, de maneira a reduzir a velocidade teórica para o cliente. Isso significa que a velocidade anunciada ficará mais próxima daquela realmente entregue. Embora tenha ressaltado que, na rede telefônica, muitos são os fatores que intereferem na qualidade da comunicação (cabos externos cortados, ou rede interna do assinante sem capacidade de receber dados) admitiu que a empresa tem muita responsabilidade pelas críticas que recebe dos órgãos de defesa do consumidor.

Segundo Roberto Pfeiffer, presidente do Procon- SP, muitos clientes afirmam que a velocidade do Speedy é muito menor do que a comercializada, além de reclamarem que, muitas vezes, a banda larga, depois de vendida, acaba não podendo ser instalada. O executivo disse que as medidas que a empresa irá tomar, de restringir o anel de atendimento do ADSL para dois quilômetros, tornará mais rígida a velocidade mínima diminuindo esses problemas .

Em todos os momentos em que esteve na Anatel, o presidente da Telefônica reconheceu os inúmeros problemas enfrentados pelos consumidores, demonstrando disposição em resolvê-los. "Temos consciência de que precisamos melhorar muito", afirmou. Segundo ele, com as medidas que serão adotadas, somente se acontecer um "tsunami" é que a rede voltará a ter quedas de qualidade.

Fonte: Tele Síntese

França prepara nova lei para cercear downloads ilegais

Apesar da decisão do Conselho Constitucional francês que, em 11 de junho, vetou artigos da lei Creátion et Internet, para garantir os direitos constitucionais de liberdade de comunicação e presunção da inocência, o governo francês prepara o contra-ataque. A adequação da lei às restrições impostas pelo Conselho Constitucional foi entregue ao Ministério da Justiça, e não ao da Cultura responsável pelo texto anterior, que apresentou o novo texto ao Conselho de Ministros, na terça-feira, 23, e a expectativa é que possa ser votado pelo Parlamento antes do final de julho.

Pelo novo projeto de lei, que gira em torno de cinco artigos, a Alta Autoridade para a difusão das obras e a proteção dos direitos na internet (Hadopi) estará autorizada a registrar as violações de direito de autor e tomar os depoimentos dos interessados. Não poderá, no entanto, aplicar as penalidades, como na versão da lei vetada pelo Conselho Constitucional. As sanções contra os autores dos downloads de materiais protegidos por direito autoral só poderão ser aplicadas pela Justiça que, para abreviar o rito processual, poderá se apoiar nos depoimentos colhidos pelo Hadopi.


Segundo notícia publicada pelo Le Monde, o governo pretende também aplicar multas de 1.500 euros a 3.000 euros no usuário assinante das conexões que fizeram o download considerado ilegal, sem necessidade de se provar que a responsabilidade do ato foi dele.Os defensores da liberdade na rede já começam o movimento para tentar impedir a aprovação do novo projeto de lei. De acordo com a entidade Quadrature du Net, essa proposta é ainda mais absurda que a lei anteriormente aprovada e corre o risco de gerar uma lei Hadopi “ainda mais cara e ineficiente que a anterior”.

Fonte: Tele Síntese

Sony prepara "PSP phone" para brigar com o iPhone

Aparentemente o Satio não está com nada frente ao iPhone: a Reuters publicou há pouco um artigo que levanta mais uma vez o rumor de um “PSP phone” da Sony, isto é, um misto de PlayStation portátil com smartphone para brigar com a duplinha iPhone/iPod touch. Em março deste ano a empresa afirmou não estar preocupada com a plataforma, mas aparentemente não é bem assim.

Boatos de um novo PSP parecido com o iPhone/iPod touch já correram por aí, e ainda em abril publicamos uma declaração bastante pesada de um ex-empregado da Sony: o “desenvolvimento [de jogos] para iPhone é melhor que para PSP”.


E o problema não é só esse, já que temos que considerar que hoje em dia a convergência de funções num só aparelho é fator chave de sucesso de produtos desse segmento. Não é à toa que, em dois anos, a Apple vendeu mais de 40 milhões de iPhones/iPods touch, enquanto a Sony só comercializou cerca de 50 milhões de PSPs. Em *quatro* anos.


Informações obtidas recentemente pela agência de notícias apontam para a possibilidade de a Sony estar preparando uma equipe para começar a trabalhar no novo gadget já a partir do mês que vem. O time incluiria pessoas tanto da Sony Corporation quanto da Sony Ericsson, sua companhia focada em telefones celulares.


Fonte: MacMagazine

quarta-feira, 24 de junho de 2009

HTML 5: conheça a linguagem que vai revolucionar sua navegação na web

São Paulo - Há 10 anos sem atualização, HTML evolui e abre caminho para browsers auto-suficientes com avanços em multimídia e aplicações offline.

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Quebrar as barreiras de compatibilidade na exibição de vídeos via internet, aprimorar o uso offline de aplicações web e exibir gráficos interativos com facilidade no browser estão entre os avanços permitidos pela evolução de uma linguagem que ficou uma década sem atualização, o HTML 5.

A quinta versão da linguagem de desenvolvimento HyperText Markup Language (HTML), responsável por organizar e formatar as primeiras páginas que visitamos na internet, é a grande aposta de empresas como Google, Mozilla, Apple e Opera para levar as aplicações à web. A versão final mais recente da linguagem é o HTML 4.0.1, aprovado em 1999.

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"Por isso o frisson em relação ao HTML 5. A linguagem ficou muito tempo sem evoluir e as pessoas adotaram maneiras alternativas de resolver os problemas de programação na web", afirma o professor do departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), Marco Aurélio Gerosa.

A evolução do HTML influi na forma como os navegadores fazem a leitura dos códigos de programação e montam as páginas web para o internauta.
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Apesar de o HTML não ter mudado desde 1999, já passamos por uma boa e recente transformação na forma como escrevemos páginas Web, conta Rodrigo Leme, coordenador de projetos web da agência Espiral Interativa. “Há aproximadamente quatro anos, praticamente todos os sites eram ‘diagramados’ com a utilização do recurso de tabelas do HTML. Com a demanda por páginas mais leves, mais rápidas e com mais recursos, passamos a usar apenas a linguagem Cascading Style Sheet (CSS) para cuidar da parte visual de um site, deixando assim o HTML apenas com o conteúdo estruturado”, explica.

Mozilla libera primeira versão de testes do Firefox 3.5

São Paulo – Os mais de 800 mil usuários da versão beta receberão Release Candidate do novo browser a partir desta quarta-feira (17/06).

A Mozilla, criadora do browser de código aberto Firefox, lançou a primeira versão de testes, ou Release Candidate (RC), do novo Firefox 3.5.

A atualização classificada como 3.5rc1build2 será automática para os mais de 800 mil usuários da versão beta do navegador informou a Mozilla em seu blog nesta quarta-feira (17/06).

Com a versão RC, a Mozilla pretende receber o máximo de avaliações da comunidade de desenvolvimento que ajudem a aprimorar o novo browser. "Esta atualização contém correções para falhas que serão incluídas na versão final do Firefox 3.5, prevista para o final deste mês", afirma a organização.

Embora não seja a versão final, a Mozilla garantiu a estabilidade do RC do Firefox 3.5 para uso no dia-a-dia.

Os usuários da versão beta do Firefox 3.5 que desejarem se adiantar à oferta automática da versão de testes podem selecionar a área “Check for Updates” ("Verificar Atualizações") no menu “Help” ("Ajuda") do browser.

A nova versão completa de testes do Firefox 3.5 estará disponível para download na próxima semana, informou a Mozilla.

Fonte: IDG NOW!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

HC testa nova tecnologia de diagnóstico em doenças no tórax

Técnica aplicada no Incor (Instituto do Coração) consegue estudar tumores e alterações de órgãos e tecidos do tórax sem necessidade de cirurgia exploratória

SÃO PAULO (ABN NEWS) - O Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) inicia nesta semana estudo de introdução no país de nova tecnologia de diagnóstico em doenças localizadas no tórax. A ultrassonografia endobrônquica (Ebus - Endobronquial Ultrasound) é capaz de evitar cirurgias exploratórias, utilizadas no diagnóstico de doenças do pulmão, sistema linfático e demais estruturas da região. Reduz, dessa forma, riscos humanos e custos hospitalares próprios de um procedimento cirúrgico, diz Dr. Miguel Tedde, cirurgião torácico do Incor.

Dr. Armin Ernst, especialista em pneumologia intervencionista e médico da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, fará demonstração da técnica a médicos brasileiros, ao lado de especialistas do Incor, nesta sexta-feira (19).

Os resultados da aplicação da tecnologia nos Estados Unidos e na Europa, segundo a Dra. Viviane Figueiredo, diretora do Serviço de Endoscopia Respiratória do Incor, mostram que a Ebus é um exame rápido e menos invasivo; portanto, com número menor de complicações decorrentes do procedimento.

Isso porque a ultrassonografia endobrônquica tem uma inovação que nenhum outro exame de diagnóstico por imagem possui: a de propiciar a coleta de material biológico para biópsia da doença sem a necessidade de abrir o tórax. A punção com a agulha, nesse caso, é guiada pela própria imagem do ultrassom.

Essa é uma grande evolução, diz a médica, pois resulta em maior precisão e segurança comparativamente à biópsia "às cegas", comumente realizada apenas com imagem de tomografia prévia.

Ao permitir a realização de biópsias dos gânglios da região, a Ebus pode também substituir a mediastinoscopia - procedimento cirúrgico comumente empregado nos casos de câncer de pulmão, para diagnóstico e estudo da evolução da doença.

Em linhas gerais, o Ebus é um broncoscópio - aparelho de endoscopia respiratória com vídeo - acoplado em sua extremidade a um aparelho de ultrassom.

Essa conjunção dá a capacidade de o equipamento gerar imagens de estruturas adjacentes às vias aéreas, que é por onde a cânula é introduzida no corpo. "É essa condição que propicia ao Ebus guiar punções para biópsia", explica Dr. Tedde.

APLICAÇÃO

O exame assemelha-se a uma endoscopia respiratória rotineira feita por broncoscopia: duração de aproximada de 40 minutos, realizada em paciente sob sedação, em sistema ambulatorial.

O acesso do equipamento ao corpo ocorre, a exemplo da broncoscopia, pela vias aéreas: boca, garganta e traquéia.

O Ebus é utilizado com ótimos resultados no diagnóstico de diversos tipos de cânceres que afetam a região - como, por exemplo, o de pulmão.

Estima-se que surjam por ano no Brasil cerca de 20.000 novos casos de câncer de pulmão - 7.000 deles apenas em São Paulo. Aproximadamente 20% deles teriam indicação de fazer o exame ao invés de cirurgia exploratória.


Fonte: ABN Noticias

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ballmer diz que Bing começou com bons resultado


A Microsoft começou bem com seu renovado buscador Bing, lançado há algumas semanas, disse o presidente-executivo da companhia, Steve Ballmer.

O Bing, que foi lançado oficialmente em 3 de junho, concorre com os líderes do mercado de buscadores na Internet Google e Yahoo.

"Tivemos uma reação inicial muito boa", disse Ballmer durante evento em Detroit.

O Bing, no entanto, tem muito chão pela frente. Em abril, último mês para o qual existem dados disponíveis, apenas 8,2 por cento das buscas feitas nos Estados Unidos foram através de sites da Microsoft, número bem menor que os 20,4 por cento do Yahoo e 64,2 do Google.

Reconhecendo a difícil tarefa de bater concorrentes tão fortes quanto o Google, que chamou de "concorrente dos grandes", Ballmer afirmou que não quer enaltecer muito as expectativas.

"Eu não quero exagerar nas esperanças", disse. "Teremos que ser tenaciosos e manter a velocidade de inovação durante um longo período."

"Quando você está na posição que nós estamos entre a base do mercado de buscas você tem a oportunidade de fazer coisas interessantes", acrescentou.

A empresa há tempos vem querendo um papel importante no mercado de buscas na Web depois de ver a iniciante Google ganhar força.

Tanto o Google quanto o Yahoo recentemente apresentaram novas ferramentas para atraírem mais usuários, dificultando ainda mais as coisas para a Microsoft.

A empresa de pesquisas comScore afirmou que a participação da Microsoft no mercado de buscadores nos Estados Unidos aumentou para 12,1 por cento no período entre 8 e 12 de junho, em comparação com os 11,3 por cento do período entre 1 e 5 de junho e os 9,1 por cento da semana anterior ao lançamento do Bing.

Fonte: Reuters

Microsoft libera trailer do Office 2010


A Microsoft está divulgando um teaser inusitado do pacote Office 2010. Tudo indica que essa seja uma tentativa da empresa de contornar os vazamentos de partes do produto na web.

Muito parecido com os trailers de cinema, o vídeo faz piada com o vazamento, mostrando os "bastidores" da produção onde o ator reclama por ter sido visto sem maquiagem e com alguns vírus no rosto, referência as versões contaminadas do produto.

Junto com o vídeo disponível no site da Microsoft, foi colocado um link para os usuários que desejarem receber um versão do pacote. Entretanto, isso não garante que o candidato receberá o produto, já que os nomes deverão passar por um "preview técnico". Os escolhidos terão seus nomes divulgados no mês de julho.

Fonte: Redação Adnews

IBM, Siemens e Microsoft apostam em tecnologia para bancos

SÃO PAULO - O mercado financeiro brasileiro investiu cerca de R$ 6,4 bilhões em recursos de tecnologia da informação (TI) no último ano, o que chama a atenção de grandes empresas do setor no Brasil, como IBM, Siemens e Microsoft, por ser um dos segmentos que mais necessitam de ferramentas tecnológicas para atrair e fidelizar clientes, além de se proteger de crimes financeiros.

Rafael Dan Schur, Responsável pelo setor de serviços financeiros da IBM Brasil, explicou que o "banco do futuro", deve exigir das instituições a implantação de novas estratégias de integração de processos e de infraestrutura. "Computação em nuvem, por exemplo, é uma das apostas da IBM. Essas ferramentas farão os bancos oferecerem serviços melhores", disse o executivo, no Ciab 2009, que debate a TI no segmento financeiro.

A Siemens Enterprise Communications, por exemplo, é responsável por desenvolver uma nova plataforma de serviços para o HSBC, que viabiliza a realização de transações financeiras via telefone celular. A solução, lançada no País em março, funciona como um novo modelo de relacionamento com o cliente, já que não exige a participação da agência. O Itaú contratou as soluções da Microsoft Brasil para migrar o modelo de sua plataforma tecnológica. O banco afirma que isso trouxe impactos diretos aos resultados da companhia.

Fonte: DCI

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Intel lança jogo online para profissionais e estudantes de TI

A Intel lança no Brasil a nova versão do simulador online IT Manager Game 3.0. Em formado de jogo 3D, o ITMG3 reproduz de o dia-a-dia de um gerente de TI, exigindo que o jogador controle orçamentos e gastos em inovação, combata ataques virtuais, faça contratações e demissões e garanta que os colaboradores da empresa tenham treinamentos e suporte adequados. Com o objetivo de tornar a empresa virtual a mais lucrativa e bem sucedida possível, cabe ao gerente de TI decidir quais são as tecnologias que cada funcionário deve utilizar e de que forma eles podem usar essa tecnologia para desempenhar melhor as suas funções.

“O IT Manager Game 3.0 dá a profissionais e estudantes de TI a oportunidade de conhecer as habilidades requeridas a um gerente de TI e a compartilhar seus resultados com outros joagadores”, explica Marcelo Fernandes, gerente de marketing corporativo da Intel Brasil. O jogo também sugere desafios ao jogador, pois simula situações como ataques de vírus e gestão de equipes, além de proporcionar uma sensação gerencial e de poder de decisão. “É necessário decidir as prioridades no uso do orçamento, bem como controlar as variações de humor dos membros da equipe e manter-se continuamente atualizado, por exemplo. Assim como no mundo corporativo, o IT Manager Game 3.0 mostra como as soluções de alta performance da Intel podem ajudar os profissionais a atingirem seus objetivos de negócios”, afirma Fernandes.

O jogo, que começa com desafios simples, se torna mais desafiador à medida que a empresa cresce. Além disso, existem mini-jogos em paralelo à partida principal, que envolvem simulam a necessidade de eliminar vírus e de proteger a empresa contra ataques maliciosos dos crackers.

Lançado em 14 países e em 12 idiomas diferentes, o ITMG3 é um sucesso no mundo inteiro, com aproximadamente 1 bilhão de page views desde a versão beta, lançada em Novembro de 2008. São mais de 20 mil jogadores registrados, na maioria profissionais e estudantes de TI, que jogam em média 38 minutos cada um. Estados Unidos, Inglaterra, Turquia e Rússia são os países com o maior número de jogadores.

O IT Manager Game 3.0 mostra ainda, em tempo real, o ranking dos líderes do jogo e a lista das empresas virtuais mais lucrativas. Além de divertido, o simulador online da Intel oferece de forma lúdica uma visão geral dos problemas e necessidades da gestão de pessoal e controle de orçamento de um departamento de tecnologia.

O IT Manager Game 3.0 é gratuito e para jogar basta registrar-se em http://www.nextgenerationcenter.com/email/2404-itmangIII/esp/itmgr3.html, para espanhol, e em http://www.nextgenerationcenter.com/email/2404-itmangIII/port/itmgr3.html, para português. 

Banda larga pode ficar com recursos da BBC na Inglaterra

Com o objetivo de universalizar o acesso à banda larga até 2010 na Inglaterra, o governo do país pode deixar de destinar recursos à rede britânica BBC para financiar as conexões rápidas à Internet.

De acordo com o ministro britânico das Comunicações, Stephen Carter, para ampliar a cobertura para os 15% de domicílios que ainda não têm acesso a conexões de banda larga de 2 megabits por segundo, deverão ser gastos cerca de 200 milhões de libras.

A maior parte desse valor viria do dinheiro que atualmente é concedido à BBC. Por ano, cerca de 3,6 bilhões de libras são destinados à rede; o montante vem de um imposto pago por todos os domicílios na Grã-Bretanha que possuem aparelhos de TV.

Anteriomente, esse fundo ia para um programa que ajudava idosos a trocarem suas televisões analógicas para digitais. Como o dinheiro não foi usado, deve ir para a banda larga, informou a agência de notícias Reuters.

Fonte: Portal Imprensa

terça-feira, 16 de junho de 2009

Franceses poderão usar celular como bilhete de metrô

Os usuários de ônibus e metrô de Paris poderão usar seus celulares como passe no sistema de transporte público da cidade. A novidade foi anunciada e demonstrada nesta terça-feira pelo Sindicato de Transporte da Île de France (STIF).

» Nokia investe em companhia de pagamento por celular
» Sony prepara tecnologia de pagamento eletrônico via TV
» Quênia, Turquia e Japão lideram pagamentos por celular

O celular poderá ser usado para comprar as passagens sem acréscimo na tarifa, afirmou Jean-Paul Huchon, presidente do STIF. A previsão é que o sistema seja implantado no final de 2010.

Ele acrescentou que a nova tecnologia, chamada de NFC (transmissão de rádio a curta distância), permitirá "economizar tempo com muito mais conforto", publicou o jornal Le Monde.


Fonte: Redação Terra

EUA: celular pode ser usado para alerta em caso de desastres

Nos Estados Unidos, quando acontece um ataque terrorista ou chega um furacão, o governo pode operar o Sistema de Alerta de Emergência (EAS), que entra em todas as frequências de rádio e televisão em todo o país e transmite a mensagem de perigo. "Infelizmente, a maioria dos pretendidos receptores não estarão com seus rádios ou suas TVs ligadas quando um desastre ocorrer", diz Jerome Vogedes, engenheiro da Motorolam, que registrou a patente (pode ser ida no atalho tinyurl.com/m4qs9j) de uma nova tecnologia para o celular em casos de desastres.

» Redes sociais ajudam a enfrentar desastres naturais

De acordo com o site New Scientist a tecnologia permite que, em situações de emergência, os celulares possam funcionar como uma rede peer-to-peer (P2P), similares às utilizadas para troca de arquivos na internet, para passar mensagens de um celular à outro.

Ou seja, o primeiro celular que receber a mensagem de alerta ativará um sistema para detectar o celular mais próximo e estabelecer uma conexão por meio da rede Wi-Fi. Esse segundo celular fará o mesmo, espalhando a mensagem rapidamente a todos os que possuírem aparelhos, que não são poucos hoje em dia.

A tecnologia é inusitada e bastante curiosa, já que seria muito mais fácil usar o sistema de mensagens SMS já existente nos celulares para esse fim. O sistema peer-to-peer proposto teria, entretanto, vantagens, pois funcionaria mesmo que a rede celular fosse derrubada por um desastre natural ou ataque terrorista.

Por ter a patente registrada somente no final de maio, o site Switched especula que ainda deve demorar para que a tecnologia chegue aos aparelhos que são utilizados no dia-a-dia.

Nova tecnologia aumenta eficiência da PRF

Palmtops reduzem o tempo de abordagem e número de multas cresce

Ao furar um sinal vermelho na BR-116, em São Leopoldo, o motorista de uma Kombi presenciou ontem uma nova forma de fiscalização de trânsito. Para aplicar a multa de R$ 191,54 e sete pontos na habilitação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) utilizou um palmtop (microcomputador portátil), tecnologia que está substituindo os formulários de papel preenchidos a caneta. Duas pessoas morreram na manhã de ontem, na Capital, vítimas de um acidente envolvendo um caminhão dirigido por um jovem sem carteira de habilitação e que fugiu do local.

Para o seu filho ler

Na tarde de ontem, Zero Hora acompanhou por três horas uma equipe do posto do bairro Scharlau, em São Leopoldo, da BR-116. No caso da Kombi, foram gastos apenas nove minutos da parada do veículo à impressão da multa. O tempo corresponde à metade do necessário antes da chegada do palmtop.

Saiba como funciona o aparelho

De acordo com o chefe da 1ª Delegacia da PRF, inspetor Alfonso Willembring Júnior, são aplicadas por mês, em média, 1,5 mil multas na área da 1ª Delegacia, sem contar as infrações efetuadas por radares automáticos. O volume atual é 25% superior ao registrado anteriormente.

Sem o aparelho, os policiais tinham de contatar um colega no posto mais próximo, por rádio, para que fosse feita a consulta aos registros do condutor e do veículo. Atualmente, é feita diretamente no aparelho, às margens da estrada.

O software utilizado permite visualizar a foto da carteira de motorista, uma possibilidade a mais para identificar possíveis adulterações.

Dos mil aparelhos adquiridos ano passado pela PRF no país, 98 foram destinados ao Rio Grande do Sul.

Na área da 1ª Delegacia da PRF, que abrange a BR-290, no trecho entre Glorinha e Eldorado do Sul, e a BR-116, de Porto Alegre a Dois Irmãos, 70% das multas aplicadas pelos agentes já são registradas em palmtops. Cada palmtop custou à PRF R$ 4.379, e cada impressora, R$ 2.465.

Fonte: ZERO HORA

MP3 ajuda a vender CDs


De acordo com estudo divulgado pela BBI, escola de administração noreguesa, quem baixa música livremente em sites de troca de arquivo gasta 10 vezes mais comprando música do que quem não usa esse tipo de site. O resultado do estudo étão impressionante que a indústria musical e as gravadoras simplesmente não acreditam nele.

Mas eu acredito. E por uma razão simples: eu já imaginava que isso iria acontecer desde o final dos anos 1990. Essa pesquisa apenas confirma minhas suspeitas.

O fato é que nos primeiros anos da Era Napster, período em que não havia nenhum movimento musical expressivo que alavancasse o mercado de CDs, as vendas aumentaram. Quanto mais o Napster crescia, mais as vendas aumentavam. Quando mataram o Napster, as vendas de CD diminuíram. E quanto mais a RIAA (associação de gravadoras americanas) perseguia desenvolvedores de programas de compartilhamento de música, mais as vendas de CDs diminuíam. Isso não podia ser coincidência.

A RIAA e a indústria musical em geral culparam as redes P2P (Limewire, Torrent, eMule) pela decadência, acusando-os de “roubar” música. Bom, mas o fato é que não é fácil você encontrar música nova e diferente nas rádios, havia poucos modos de se descobrir novas bandas, novos tipos de música que o motivassem ir a uma loja comprar um CD. Era um momento de transição que deixou a indústria musical perdida e sem rumo.

Com a habilidade de compartilhar coleções musicais de qualquer parte do mundo, o Napster se tornou uma espécie de DJ gigantesco, que conseguia encontrar música de todo e qualquer tipo, não importa qual seu gosto. Com exceção do tempo que se leva para baixar uma música, esse é um modo muito mais eficiente do que o rádio para se ouvir o estilo musical da preferência. E sem comerciais.

Por isso, não é nenhuma surpresa que as vendas de CD eram altas na época do Napster. Porém, absolutamente ninguém da cúpula da indústria musical conseguiu entender a sociologia deses mecanismo. E continua não entendendo.

Por isso faço essa simples pergunta: há uma banda por aí que eu certamente compraria o CD, pois gosto do estilo. Mas como vou descobri-la? Como vou saber se ela existe? Nas rádios que só tocam as mesmas músicas o dia inteiro?

O fato é que os mecanismos de “descoberta” atuais são arcanos e parecem piorar a cada dia. Há centenas de milhares de músicos medíocres enchendo o MySpace de porcaria, oferecendo download gratuito em troca de reconhecimento. As bandas punks mais toscas de antigamente soam como Mozart se compararmos com os lixos sem talento que o mercado tenta nos impor.
A indústria musical se meteu num beco sem saída e agora tenta buscar o caminho mais fácil.

As gravadoras buscam artistas que sejam muito fáceis de promover e investem muito dinheiro neles, ainda que o talento seja zero. E assim vivemos a Era Britney Spears, com artistas sem talento que vivem de imagem para vender (poucos) CDs e ingressos para shows. Eles estão afundando o mercado sem perceber.

Por John Dvorak - PC Magazine

Microsoft proíbe funcionários de usar iPhone e BlackBerry

A concorrência não só bateu à porta como foi incorporada para dentro da Microsoft. A companhia decidiu proibir que seus funcionários usem iPhone e celulares com a tecnologia Blackberry. A partir de agora, eles só podem trabalhar com aparelhos equipados com o sistema operacional Windows.


Segundo informa a imprensa americana especializada, a companhia de Bill Gates deixará de pagar a conta telefônica de seus mais de 90 mil funcionários que usarem celulares sem o Windows, ainda que seja para o trabalho.

A medida, de acordo com a agência de notícias EFE, visa a tentaiva de corte de custos. A empresa deve anunciar 5 mil demissões até junho de 2010.

Ao que parece, Gates quer repetir a mesma regra que trouxe para sua família. Segundo Melinda, esposa do executivo, ele proibiu que seus três filhos usem iPods ou telefones da concorrente Apple.

No entanto, como informa a EFE, algumas divisões da Microsoft não serão afetadas: é o caso da Razorfish, uma agência de publicidade de propriedade da Microsoft cujos funcionários seguirão tendo suas contas pagas, inclusive para uso pessoal, não importa o aparelho usado.

Fonte: Redação Adnews

domingo, 14 de junho de 2009

Nova geração de smartphones chega ao mercado corporativo

São Paulo - A oferta de aparelhos com cada vez mais funcionalidades aumenta a brecha de segurança das empresas? E o uso desses modelos se aplica ao usuário corporativo?

Por Fabiana Monte, editora-assistente do COMPUTEWORLD
12 de junho de 2009 - 07h00


Uma nova geração de celulares está chegando ao mercado de telecomunicações, com os lançamentos dos aparelhos Palm Pre, da Palm; N97, da Nokia; Storm, da BlackBerry; e iPhone 3G S, da Apple, modelos que, em breve, chegarão ao Brasil.
Os limites entre o mundo corporativo e o uso diário de telefones móveis estão cada vez mais próximos, com os smartphones (como são chamados os aparelhos mais sofisticados, com sistema operacional) atingindo patamares de preços cada vez menores e, por outro lado, somando novos recursos multimídia.
De acordo com Adriano Lino, gerente de pesquisa e inteligência de mercado da Research In Motion (RIM) - fabricante dos modelos BlackBerry -, há alguns anos, a adoção de smartphones dava-se exclusivamente pelo mercado corporativo. Agora, no entanto, um outro público, chamado pelo executivo de "prosumers", aderiu a este tipo de aparelho. São profissionais liberais e pessoas que têm necessidade de estarem sempre conectadas.
"O mercado corporativo é composto, em sua maioria, por empresas de pequeno porte. A possibilidade de pegar um aparelho diferenciado para diretores e gerentes, e outro modelo para vendedores, por exemplo, é um dos fatores que influencia a opção por uma operadora", acrescenta Fiore Mangone, diretor de serviços e software da Nokia.
A RIM, que tradicionalmente costumava se posicionar como principal empresa atuante no mercado corporativo, informa que, pela primeira vez em sua história, no primeiro trimestre deste ano, as vendas para o segmento "prosumer" superaram as corporativas. Lino ressalta que, como este público compõe um mercado maior do que o corporativo, é natural que as taxas de crescimento sejam mais altas.
Na Nokia, por sua vez, os aparelhos da série E, criados especificamente para o segmento corporativo, continuam sendo mais procurados por este mercado, mas, segundo Mangone, vêm conquistando terreno entre os usuários comuns.
O fato é que os smartphones têm puxado o crescimento do mercado de telecomunicações nos últimos meses.
No primeiro trimestre do ano, as vendas desses aparelhos cresceram 12,7%, segundo a consultoria IDC, enquanto as de celulares mais simples recuaram 9,4%.
Vinícius Caetano, analista da consultoria IDC especializado no setor de telecom, avalia que a tendência do mercado é a substituição de aparelhos tradicionais por smartphones, daí o maior avanço das vendas desses telefones em relação ao volume total de celulares comercializados.
Nova geração, novas brechas?Mas o lançamento dessa nova geração de smartphones implica o surgimento de novas brechas de segurança que colocam a empresa em risco? Para Caetano, não. Isso porque, apesar do surgimento de novos modelos, a plataforma que funciona nos aparelhos continua igual.
O que acontece é que à medida que as versões avançam, os telefones evoluem e passam a contar com novas funções. E o uso desses modelos também no ambiente empresarial exige que os fabricantes façam adaptações. O iPhone, por exemplo, ganhou, em sua
versão 3G S, uma funcionalidade muito requerida para uso empresarial: a capacidade de funcionar como modem 3G, além de recurso que permite ao usuário apagar remotamente todas as informações do aparelho.
Já o
Palm Pre, testado em primeira mão por PC World, é apontado pelo analista da IDC como "o retorno da Palm ao mercado de smartphones" e traz um recurso interessante para o segmento corporativo. Chamado de "multitasking", ele permite ao usuário manter diversas aplicações abertas simultaneamente que continuam sendo atualizadas mesmo quando estão minimizadas.
O BlackBerry Storm fez o caminho contrário do trilhado pela Nokia. A RIM obteve notoriedade no mercado com sua solução de e-mail, cujo uso ganhou destaque no mercado corporativo. Com o Storm, a empresa agregou ao aparelho recursos valorizados tipicamente por consumidores finais, como câmera digital com resolução de 3,2 megapixels e tela colorida sensível ao toque com 3,25 polegadas. E manteve o nível de segurança dos modelos anteriores.
"A gente faz telefones cada vez para usuários 'prosumers', mas é uma solução que tem toda a possibilidade de ser controlada pela área de tecnologia da informação", diz Lino.
O segredo, dizem os fabricantes, é oferecer variedade para as operadoras, de forma que modelos com recursos e preços diferentes seduzam os consumidores corporativos. "Mais do que procurar um ou outro aparelho, usuário corporativo tem buscado soluções, em geral associadas a uso de email e mensagens", afirma Mangone.
GerenciamentoDar ao departamento de TI a possibilidade e o controle dos dispositivos móveis é o ponto-chave para garantir a segurança das informações que trafegam nesses aparelhos. O executivo da RIM e o analista da IDC concordam que o ponto fundamental é a empresa estabelecer uma política de segurança e mobilidade que inclua homologação de aparelhos e o gerenciamento das aplicações e dos dispostivos.
"O gerente de tecnologia deve ser responsável pela implementação do smartphone, homologação do sistema operacional do aparelho, nível de criptografia, além de avaliar a questão da gerenciabilidade do smartphone", acrescenta Caetano.
O gerenciamento dos recursos de mobilidade corporativos é feito por meio de soluções oferecidas especificamente para este fim, como a da Nokia, por exemplo, que também promove a atualização de software do telefone. Em geral, essas ferramentas são aplicáveis a diversos modelos de smartphones, porque funcionam sobre o sistema operacional.
"Se a empresa tem uma política adequada de segurança da mobilidade, ter aparelhos com mais funcionalidades não aumenta seu risco, até porque o uso da câmera pode ser desabilitado, por exemplo".

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia 16, a Opera promete "reinventar a web"

A desenvolvedora de browsers Opera publicou uma página na internet com a seguinte frase: "No dia 16, às 9 da manhã, vamos reinventar a Web". A frase, escrita em uma página com um vermelho intenso (Confira), não tem link para nenhum outro conteúdo ou qualquer outra explicação. A única coisa diferente que apresenta é um desenho de uma nuvem, com um raio vermelho por dentro. Por conta desses detalhes, a iniciativa do pessoal do Opera virou mistério. Nos fóruns de fãs do navegador ninguém sabe a surpresa que a empresa apronta. O máximo que os internautas arriscam a dizer sobre o mistério é que ele deve ser relacionado ao lançamento do Opera 10, nova versão do navegador que ainda está em fase de testes (Beta) . Internautas, inclusive, especulam que o navegador chegue totalmente diferente da versão de testes, ou seja, com uma interface totalmente inovadora e recursos que possam conquistar os usuários do Internet Explorer, Firefox e Google Chrome.
Fonte: Fabiano Candido, de INFO Online

Por Kristian Kißling e Rafael Peregrino da Silva

Pontualmente na data de lançamento programada — que acontece em um ciclo de seis meses — foi lançada a nova versão do Ubuntu, a 9.04, codinome Jaunty Jackalope. Devagar — mas sempre —, a distribuição patrocinada pela Canonical avança em usabilidade, desempenho e beleza. Este artigo traz uma análise do novo Ubuntu, apresentando as maiores novidades da versão 9.04.

O novo animal da família Ubuntu — todas as versões recebem um codinome contendo um nome de animal, precedido por um adjetivo de mesma inicial: Warty Warthog, Hoary Hedgehog, Breezy Badger, Dapper Drake, Edgy Eft, Fausty Fawn, Gutsy Gibbon, Hardy Heron, Intrepid Ibex e a atual, Jaunty Jackalope — conta com uma série de inovações visíveis e muitas invisíveis. A primeira delas é o “polimento” que a interface gráfica recebeu, apesar de ter mantido a mesma linha de sempre. Esse cuidado com a interface segue a estratégia lançada pelo próprio Mark Shuttleworth em 2008, por ocasião da OSCON de elevar o design da interface gráfica ao patamar de uma obra de arte, ultrapassando o visual e a usabilidade do Mac OS X, da Apple. Sem dúvida, trata-se de uma meta ousada, ainda que muito válida e necessária, que começa a gerar os primeiros frutos, como se pode ver a partir da tela de inicialização do sistema (bootsplash) e da tela de login, que, na versão tradicional, leva a um desktop GNOME após o fornecimento do nome do usuário e da senha.

Nos próximos dois anos a interface gráfica do Ubuntu deverá ser elevada ao patamar de “obra de arte”, conforme declarações de Mark Shuttleworth de julho de 2008. A tela de login do GDM indicada acima mostra os primeiros sinais dessa estratégia.

Instalação


A instalação da nova versão não poderia ser mais simples: após baixar o CD do Ubuntu, inicializamos o computador por meio dele, como de costume. O ambiente de trabalho que aparece é totalmente funcional e permite que testemos o sistema sem tocar no disco rígido do computador. Para instalar, basta clicar no ícone “Instalar o sistema no computador” para, caso aceitemos todas as sugestões do instalador, em seis passos e em menos de meia hora, termos o “cornoelho garboso” (significado literal de Jaunty Jackalope, em uma tradução livre) “saltitando” na nossa frente, sem a necessidade do CD. É interessante notar que o instalador indicará sete passos para realizar a instalação, mas caso não modifiquemos nenhuma de suas sugestões e utilizemos o disco todo do computador, o sexto passo será pulado. As informações solicitadas pelo instalador são, basicamente, de idioma, localidade, layout de teclado, espaço em disco a ser utilizado, dados do usuário e nome escolhido para o computador (estas duas últimas informações em uma mesma tela).

Novidades visíveis

Em seu blog, Mark Shuttleworth chama a atenção em especial para a integração do novo sistema de notificações do ambiente de trabalho. Modificações de volume, a chegada de um email novo, a conexão à rede (ou a quebra desta), atualizações de software: tudo isso é notificado pelo sistema em uma área retangular no canto superior direito da tela (abaixo do símbolo do controle de volume), de modo muito mais ostensivo que em versões anteriores do sistema.

A nova área de notificações no ambiente de trabalho do Ubuntu 9.04 é uma das novidades que mais chama a atenção na nova versão do sistema operacional. Todos os eventos relevantes para o usuário são notificados ali.

Infelizmente, com a chegada da nova área de notificações, o ícone que indicava a presença de atualizações desapareceu. Agora o gerenciador de atualizações é acionado automaticamente se houver atualizações não instaladas no sistema por mais de uma semana. Atualizações de segurança são informadas na nova área de notificações a cada 24 horas — infelizmente apenas uma vez a cada atualização desse tipo. Para quem não estiver satisfeito com isso, o comando seguinte restabelece o comportamento tradicional:

gconftool -s --type bool /apps/update-notifier/auto_launch false

O controle de volume no painel superior, que se ativa com um clique do mouse, passou a ter orientação horizontal. Além disso, as fontes do sistema estão mais bem ajustadas às diversas configurações de monitor, o que produz uma experiência de uso mais agradável do desktop. Caso as fontes apareçam em tamanho exagerado ou ilegível, significa que o monitor está informando suas próprias dimensões erroneamente ao sistema. Informações sobre como corrigir esse tipo de problema — mais comum no KDE que no GNOME — podem ser encontradas no wiki do projeto Ubuntu. O novo fundo de tela do ambiente de trabalho, mais simples e discreto, ficou mais agradável e bonito que o da versão anterior, mas ainda falta um pouco para chegarmos no nível do Mac OS X, como o próprio Mark Shuttleworth declarou em seu blogmas isso deve ocorrer até o final de 2010.

Ambiente de trabalho padrão do Ubuntu 9.04.

Alguns usuários reclamaram que certos recursos que funcionavam com a versão 8.10 do Ubuntu deixaram de funcionar com a atualização para a versão 9.04. Entre eles estariam, por exemplo, placas de redes sem fio modelo Broadcom 4318 e algumas placas de vídeo ATI (veja mais a seguir a respeito de possíveis problemas de vídeo). Em nossos testes, realizados num notebook cujo hardware era inteiramente da Intel, não houve qualquer tipo de problema.

Novidades invisíveis, mas sensíveis

Quem vê cara não vê coração, diz o ditado popular. No caso da nova versão do Ubuntu, é importante dizer que não foi só na “cara” que houve avanços: a maioria deles ocorreu “debaixo do capô”. No que tange a isso, vale dar uma olhada em primeiro lugar na versão do kernel usada no sistema, e que consiste não somente dos gerenciadores de dispositivos de hardware, mas do motor de todo o sistema, gerenciando memória e acesso a recursos e periféricos. É comum falarmos de Linux nos referindo realmente à distribuição GNU/Linux utilizada, quando na verdade o Linux é somente o núcleo (daí a definição de kernel) da distribuição, o sistema operacional propriamente dito, peça central de um todo muito maior, e que tem em Linus Torvalds um gerente de desenvolvimento cuidadoso, orquestrando o trabalho de centenas de contribuidores regulares.

Os desenvolvedores de distribuições GNU/Linux integram os aplicativos e o kernel, formando um pacote mais completo, que contém, como no caso do Ubuntu, que é derivado do Debian, mais de 25.000 programas prontos para instalar e usar, muitos dos quais disponíveis também para outras plataformas operacionais, como o Windows® e o Mac OS X. Assim, o sucesso do Ubuntu vem especialmente de uma integração inteligente do Debian, associada a uma pré-configuração muito bem feita e dotada de um repositório de aplicativos gigante, de um visual caprichado, de um instalador simples de usar, bem como de uma série de automatismos estratégicos e de algumas ferramentas de configuração de interface simples de entender e usar.

No caso do kernel, a equipe de desenvolvimento do Ubuntu foi conservadora e preferiu ficar com a versão 2.6.28, já que a adoção da versão 2.6.29 seria um tanto quanto ousada, dada a proximidade do seu lançamento com a data determinada para a liberação da versão que ora analisamos. No entanto, o kernel utilizado no Jaunty Jackalope não é o 2.6.28 originalmente disponibilizado por Linus Torvalds (o assim chamado Vanilla Kernel): há nele uma série de modificações, oriundas das necessidades de integração do Ubuntu. Mesmo assim, caso o usuário sinta falta de algum driver importante, indispensável para o funcionamento de alguma peça de hardware “exótica”, é possível instalar uma versão mais atual do kernel por meio de um repositório externo. Mas atenção: o uso de uma versão mais nova do kernel embute uma componente de risco considerável, de modo que não se deve descuidar de ferramentas de becape nesse caso (o que já é de boa conta, de qualquer modo).

O kernel 2.6.28 por si só já traz algumas novidades interessantes na bagagem, entre elas o suporte ao sistema de arquivos Ext4, que deve substituir o atual Ext3 a curto prazo. O Ext4 já aparece, inclusive, disponível como opção de sistema de arquivos durante o particionamento dos dispositivos de armazenamento durante a instalação do novo Ubuntu, entretanto não como padrão, como o projeto pretendia anteriormente. Isso porque, durante a fase de testes dessa versão do Ubuntu, houve uma série de discussões sobre a questão conceitual de qual é a hora certa para o sistema de arquivos armazenar efetivamente os dados em cache no disco rígido. Isso aconteceu, na prática, porque dependendo da configuração desse parâmetro poderia haver — como chegou efetivamente a ocorrer em alguns casos — perda de dados. Trata-se de uma questão envolvendo duas variáveis que raramente andam lado a lado: desempenho e segurança. Nesse ínterim, entretanto, os desenvolvedores do Ubuntu já integraram uma modificação no kernel da distribuição, que configura o Ext4 no modo seguro. No kernel original, essa modificação só estará disponível a partir da versão 2.6.30.

Entre as principais vantagens do Ext4 estão o desempenho, a quantidade de arquivos com os quais o sistema de arquivos pode lidar, além, claro, da retrocompatibilidade com o Ext3 e até com o Ext2. Ademais, um arquivo no Ext4 pode ocupar todo o espaço do sistema de arquivos, partições e volume podem crescer até 1 EB — o que corresponde a um milhão de TB!

Quem tiver instalado o Ubuntu 9.04 com o Ext3 como sistema de arquivos e quiser migrar para o Ext4, deve excepcionalmente reinstalar o gerenciador de inicialização (GRUB) usando o comando grub-install, para que ele reconheça o novo sistema de arquivos corretamente. Nunca é demais relembrar que versões do kernel anteriores à 2.6.28 serão incapazes de lidar com partições formatadas como Ext4.

Os drivers de áudio integrados ao novo kernel lidam com jack sensing, ou seja, reconhecem automaticamente quando microfones, fones de ouvido ou caixas de som são conectados ao sistema. Houve também melhorias sensíveis no modo como o Linux trabalha com DVB, webcams e diversos outros tipos de periféricos.

Algumas das modificações contidas no kernel 2.6.28, lançado no final de dezembro de 2008, passarão totalmente despercebidas pelo usuário do Ubuntu 9.04. Como exemplo, podemos citar um novo gerenciador de memória desenvolvido pela Intel, que deverá servir de base para uma arquitetura renovada para acesso aos recursos de vídeo do sistema. Um recurso para aceleração do procedimento de inicialização do sistema (fastboot patch), usada pelo desenvolvedor Arjan van de Ven para reduzir o tempo de boot de uma outra distribuição GNU/Linux para apenas cinco segundos, também está disponível no kernel do Ubuntu — em virtude de problemas de estabilidade e compatibilidade, por enquanto esse recurso vem desativado por padrão.

O “X” da questão

Como de costume, o sistema X Window do consórcio X.org permanece como fundamento para a produção da interface gráfica do Linux, o que não é diferente no caso do Ubuntu. O sistema permite que um cliente X acesse um servidor X, seja localmente ou pela rede, que então “desenha” as janelas e seus movimentos na tela, processa os movimentos do mouse e a digitação no teclado do cliente X e carrega os drivers corretos para manipulação da placa de vídeo. Algumas das configurações desse sistema são realizadas por meio do arquivo /etc/X11/xorg.conf.

O novo servidor X, na versão 1.6, utilizado pelo Ubuntu 9.04, resolve alguns problemas da versão anterior (a 1.5) e traz consigo a versão 1.3 do aplicativo XRandr, responsável pelo ajuste automático e dinâmico da resolução da tela. Além disso, a versão 1.6 do X.org faz uso de DRI (Direct Rendering Infrastructure), o que permite a aplicativos o acesso direto ao hardware de vídeo, o que acelera a representação de conteúdo em três dimensões. Graças à integração do recurso de Predictable Pointer Acceleration, a nova versão do Ubuntu é também capaz de representar o ponteiro do mouse com mais precisão.

Como já citamos acima, a nova versão do servidor X pode gerar alguns transtornos também. Caso o usuário deseje usar jogos que usem intensamente recursos 3D ou ativem os já populares efeitos visuais avançados no ambiente de trabalho (tais como janelas balançantes ou transparentes, entre outros), é necessário ativar a aceleração 3D, cujos recursos são normalmente fornecidos pelos drivers (geralmente proprietários e fechados) das respectivas placas de vídeo. Para a versão 1.6 do X.org, tanto a AMD/ATI quanto a NVIDIA, os dois maiores fabricantes de placas de vídeo, tiveram de realizar ajustes em seus drivers para Linux (fglrx e nvidia), o que ainda não está totalmente finalizado. Por um lado, no caso de placas de vídeo mais modernas, ainda há uma série de problemas de visualização, e placas mais antigas, que funcionavam bem até então com versões mais antigas do X.org, só estão funcionando corretamente com os drivers de vídeo de código aberto, que não dispõem de suporte — ou dispõem apenas de suporte limitado — aos recursos 3D das placas de vídeo. Usuários de placas de vídeo Intel, por outro lado, não devem encontrar grandes problemas: apesar de os recursos de hardware serem muito menos poderosos para essas placas, o fato de elas serem de código aberto e gozarem de suporte integral da Intel, faz com que eles funcionem perfeitamente no novo Ubuntu.

Usuários tradicionais do Ubuntu deverão notar especialmente a opção Don't zap. Se antigamente era possível abandonar o ambiente de trabalho usando o atalho de teclado [Ctrl]+[Alt]+[Backspace], para voltar à tela do gerenciador de login e, daí, ao GNOME, a nova versão do X.org acabou com essa possibilidade. Alguns usuários provavelmente não vão gostar dessa limitação. É claro que o kernel Linux pode assumir essa tarefa, por meio do atalho [Alt]+[PrtScr]+[K], que reinicia computadores travados quase que sem exceção — o problema é lembrar desse tipo de atalho.

Para reativar o atalho anterior, precisamos editar o arquivo de configuração /etc/X11/xorg.conf, incluindo no final dele as seguintes linhas:

Section "ServerFlags"
Option "DontZap" "False"
EndSection

Após reiniciar o sistema, o atalho [Ctrl]+[Alt]+[Backspace] deverá voltar a funcionar como de costume.

Inicialização e áudio

A redução sensível no tempo de inicialização do Ubuntu 9.04 não se deve a nenhum programa novo, introduzido com esse propósito no sistema. O que houve foi realmente trabalho duro de desenvolvimento: os programadores do Ubuntu analisaram quem eram os “atrasadores” e “atravancadores” do processo de inicialização do sistema, usando-se para isso do Bootchart, removendo as fontes de atraso tanto quanto possível. Em especial a fase de reconhecimento automático do hardware consome tradicionalmente bastante tempo, comportamento que foi acelerado com o uso de paralelização do udev.

Além disso, o RAM drive de inicialização do Ubuntu 9.04 é 4 MB menor que o da versão 8.10, e contém um número menor de módulos e um aplicativo realmente muito menor para exibição da tela de inicialização (bootsplash), o que contribui decisivamente para uma grande economia de tempo.

Em nossos testes, o tempo de inicialização (até a tela de login) de um sistema Ubuntu 9.04 padrão foi reduzido em mais de 30%, em comparação com uma versão 8.10, instalada no mesmo hardware (um notebook dotado de um processador Intel® Pentium® Dual-Core, modelo T2310, 1,46 GHz, 1 GB de RAM e disco rígido SATA Western Digital Scorpio, modelo WD1200BEVS-0 de 120 GB e 5400 RPM). A inicialização do ambiente de trabalho após o login e o desligamento da máquina foram muito mais rápidos na nova versão da distribuição.

A tabela a seguir lista os tempos de inicialização e desligamento do sistema:

Ubuntu 9.04 e 8.10: Comparativo de tempo de inicialização e desligamento no mesmo hardware
Versão do Ubuntu
Tempo consumido até a tela de login
Tempo consumido até o desligamento
Ubuntu 8.10 33 s 10 s
Ubuntu 9.04 23 s 7 s

O PulseAudio, novo servidor de som do Ubuntu Linux, permite que se confira um nível de volume diferente para cada um dos aplicativos em operação. No entanto, o sistema ainda não goza de uma boa reputação, no que tange à estabilidade. Ademais, é necessário instalar o pacote gnome-volume-control-pulse usando o APT ou o Synaptic. Após a reinicialização do sistema, vão haver dois ícones de controle de volume no painel padrão do GNOME, à direita, um deles com um controle horizontal e o outro (o recém-instalado) com um controle vertical. Para evitar confusão, é melhor remover o de controle horizontal (adeus melhoria de interface...). O pior é que a duplicação também ocorre no menu Sistema | Preferências, que ganha dois itens de mesmo nome (Som). Clicando-se com o botão direito do mouse sobre o ícone que restou, basta escolher o item “Preferência de som” no menu de contexto que aparecer, para abrir a janela de configuração do PulseAudio. Na aba “Aplicativos” é possível alterar isoladamente o volume dos aplicativos que estiverem em operação, conforme mostra a figura a seguir:

Graças ao PulseAudio, é possível ajustar o volume de cada aplicativo separadamente. Entretanto, o software ainda não goza de uma boa reputação no que tange ao quesito estabilidade.

Originalmente também estava planejado permitir aos usuários a criação de diretórios ou pastas criptografadas. Essa possibilidade já era, inclusive, contemplada em versões iniciais do Ubuntu 9.04, mas não em sua versão final, em razão de um sem-número de questões e problemas envolvendo esse recurso, que acabou por ser transferido para o plano de desenvolvimento da próxima versão da distribuição.

Aplicativos

Mesmo que as maiores novidades do sistema estejam onde o usuário não pode ver, as novas versões dos aplicativos da distribuição representam no fim das contas aquilo que é perceptível como “evolução” para todos. No caso do Ubuntu 9.04, muitos dos novos programas são diretamente ligados ao GNOME: a distribuição traz o ambiente de trabalho na versão 2.26, na qual existem algumas modificações em relação a versões anteriores. Entre elas está a adoção do Brasero como aplicativo oficial para gravar CDs e DVDs do Ubuntu — o aplicativo normatiza o nível de volume das trilhas de áudio de um CD antes de gravar, oferece suporte a gravação em modo multissessão e a verificação de integridade de dados. Até então, o projeto GNOME suportava oficialmente apenas uma extensão para o Nautilus para finalidades de gravação de CD/DVD, o que não se compara com a “concorrência” do K3b, do projeto KDE, atualmente considerado o principal aplicativo para gravação de CD/DVD do Linux.

Como aplicativos padrão do ambiente de trabalho do Ubuntu podemos contar o conjunto de programas para escritório OpenOffice.org, no Ubuntu 9.04 disponível na versão 3.0.1. O OpenOffice.org 3 foi lançado há um tempo razoável, muito tarde, entretanto, para ser admitido na versão 8.10 do Ubuntu. Essa versão é capaz de importar arquivos em formato PDF, que podem ser editados, ainda que de forma limitada. Os desenvolvedores do OpenOffice.org dão muita ênfase à possibilidade de aumentar os recursos da nova versão do software por meio de extensões, semelhantes aos add-ons do navegador Firefox, que podem ser baixados e “agregados” ao OpenOffice.org, enriquecendo o programa com novos recursos. Graças ao suporte melhorado ao formato OOXML — o formato XML criado pela Microsoft para os arquivos do Microsoft Office —, ficou simples importar esse tipo de documento no OpenOffice.org, que ainda “engripa” durante a importação de documentos muito complexos armazenados nesse formato.

A nova versão do Ubuntu lida melhor com monitores adicionais. Isso deve alegrar os usuários que precisam trabalhar com mais de um monitor, o que se tornou um padrão em parques de editoração gráfica — e onde o Mac OS X ainda reina, absoluto.

Uma novidade é o “Mantenedor do Sistema”, uma aplicativo que tem por função descartar arquivos e pacotes que não estejam mais sendo utilizados pelo sistema. Isso faz sentido, já que, via de regra, quando se instala um pacote com diversas dependências, se esse pacote for desinstalado posteriormente, as dependências permanecem instaladas no sistema desnecessariamente. O Mantenedor do Sistema registra esse “lixo” e o descarta. Aviso aos navegantes: durante o desenvolvimento do Jaunty Jackalope, foram vários os casos em que o Mantenedor do Sistema descartou aplicativos que o usuário havia instalado “à mão”, de modo que o uso do mantenedor deve ser feito com moderação.

O “Mantenedor do Sistema” tem por função encontrar e descartar aplicativos e bibliotecas que não são mais necessários no sistema, mas ainda peca pelo excesso de vez em quando.

O Ekiga 3.0 é o aplicativo de (vídeo)telefonia via Internet instalado por padrão no Jaunty, que não é compatível com o Skype, mas usa o protocolo SIP, padrão de-facto para telefonia IP. Assim, se o leitor usar por exemplo um provedor VoIP como o VONO, da GVT, que faz uso extensivo de tecnologia Asterisk, o Ekiga vai servir muito bem. O aplicativo também é muito bom caso se deseje falar com outros usuários de Linux. Sua interface foi refeita do zero e a qualidade de transmissão de vídeo, melhorada. Ao ser chamado, o programa procura automaticamente por portas abertas na rede que possam ser utilizadas para a comunicação IP. Caso isso não seja possível, ele sugere a configuração manual de port forwarding. Uma conta SIP pode ser facilmente criada durante a configuração inicial do software de telefonia IP.

Para uma comunicação via mensagem instantânea, o usuário pode usar o Pidgin. Com ele é possível trocar mensagens instantaneamente com usuários em qualquer tipo de rede: AIM, Google Talk, ICQ, MSN, IRC, Yahoo... a lista é quase interminável. Entretanto, o Pidgin pode não oferecer suporte para a comunicação via vídeo de alguns desse protocolos, de modo que a comunicação em geral se resume apenas a mensagens de texto.

A tabela a seguir lista alguns dos principais aplicativos instalados por padrão no sistema, bem como suas respectivas versões:

Ubuntu 9.04 — Jaunty Jackalope: principais aplicativos e suas versões
Aplicativo
Versão
Função
Kernel 2.6.28 É o Linux propriamente dito
X.org 7.4 Gerenciador de janelas
GNOME 2.26 Ambiente de trabalho
OpenOffice.org 3.0.1 Conjunto de aplicativos para escritório
Firefox 3.0.9 Navegador de Internet
Pidgin 2.5.5 Aplicativo para troca instantânea de mensagens
Evolution 2.26.1 Correio eletrônico, gerenciador de tarefas, calendário e gerenciador de contatos
Gimp 2.6.6 Editor de imagens
F-Spot 0.5.0.3 Gerenciador de fotos
Rhythmbox 0.12.0 Reprodutor e gerenciador de músicas
Totem 2.26.1 Reprodutor de filmes
Ekiga 3.2.0 Cliente VoIP
Trasmission 1.51 Cliente de rede P2P BitTorrent
Brasero 2.26.0 Aplicativo de gravação de CD/DVD

Instalação de aplicativos

No que se refere à instalação de aplicativos, há uma série de avanços na versão 9.04 do Ubuntu. Em primeiro lugar, a instalação de plug-ins para o Firefox ficou mais inteligente: como na versão 8.10, a instalação do plug-in para conteúdos em Flash não baixou simplesmente as bibliotecas necessárias do site da Adobe. O sistema foi inteligente o suficiente para encontrar o pacote no repositório da distribuição e para instalá-lo simplesmente via gerenciador de pacotes. Ponto para a Canonical e para a comunidade Ubuntu, por resolver isso de maneira inteligente. Desta forma, se o sistema for utilizado por muitos usuários, essa instalação ocorrerá apenas uma vez, ao contrário do que acontecia em versões anteriores, nas quais cada usuário acabaria por instalar uma versão diferente do flash-player em sua própria pasta pessoal. Haja redundância e problemas de segurança para resolver... De qualquer modo, acreditamos que a Canonical já tenha ganhado importância e massa crítica o suficiente para firmar uma parceria com a Adobe e fornecer esse e outros aplicativos da empresa pré-instalados por padrão.

Também nos surpreendeu o fato de que, ao tentarmos assistir a um dos trailers dos filmes disponíveis no site da Apple, que o plug-in do Totem tenha reconhecido a inexistência de um decodificador de vídeo adequado para a reprodução de vídeos no formato QuickTime. E, para melhorar, o sistema não parou por aí: efetuou na sequência uma chamada ao aplicativo gdebi, forneceu o nome dos pacotes que precisavam ser instalados e, após o usuário escolhê-los, efetuou a instalação de modo totalmente descomplicado. É isso que o usuário comum quer. Se mantida essa trajetória, realmente não haverá mais grandes empecilhos para instalar programas no Ubuntu — um dos maiores problemas para o usuário comum.

Mas nem tudo são rosas, infelizmente: a instalação do Adobe Reader se mostrou complicada, requerendo a ativação de um canal de software “de terceiros”. A instalação de aplicativos baixados da Internet ainda deixa a desejar: se o pacote baixado for do tipo .deb, o gdebi o abre, mas antes de instalá-lo, verifica se o software em questão não está disponível no repositório da distribuição. Se esse for o caso, o gdebi indica a presença do software no repositório e recomenda que ele seja instalado de lá, mas não oferece nada mais além do botão de Fechar. Faltou andar aquela “milha extra” que faz toda a diferença para o usuário comum: custava abrir o Synaptic com o aplicativo que se deseja instalar já marcado para instalação e, simplesmente, resolver o problema? Isso já é feito no caso do Flash Player. Não há nada de novo a ser feito nesse sentido.

O mesmo vale para pacotes nos formatos .rpm, .tgz e — por que não? — até mesmo para executáveis do Windows®: o usuário que migra da plataforma da Microsoft vai simplesmente por uma questão de hábito procurar o aplicativo desejado na Internet, provavelmente no site do Superdownloads. O gdebi poderia ser estendido para, qualquer que seja o formato de arquivo que se deseja instalar, buscar pelo aplicativo no repositório da distribuição e para instalá-lo de lá. Com isso, o usuário aprenderia didaticamente que só raramente é necessário buscar por aplicativo fora do repositório da distribuição, algo que ele certamente acharia extraordinário e que contribuiria decisivamente para uma adoção mais ampla do Ubuntu — e do Linux em geral, se as outras distribuições adotarem um esquema semelhante ao que sugerimos aqui. Tal funcionalidade está a poucas linhas de código em Python no gdebi e a alguns ajustes em MIME-types do Firefox.

Conclusão

Em sua essência, o Ubuntu 9.04 não traz nenhuma mudança radical em relação às versões anteriores, mas muitas melhorias. Ao lado das alterações de interface gráfica, provavelmente o suporte ao Ext 4 deverá agradar a muitos usuários. No que tange ao suporte a hardware do X.org 1.6, entretanto, não se pode falar em evolução: no melhor dos casos, o usuário pode não ter qualquer problema (geralmente se usar placa de vídeo da Intel), mas caso use placas de vídeo mais “parrudas”, pode ser que a aceleração 3D, que funcionava no Ubuntu 8.10, simplesmente pare de funcionar. Por conta disso, antes de uma atualização para a nova versão, vale a pena verificar a situação do suporte ao hardware da placa de vídeo — de repente, é possível usar um driver mais antigo e que funcione. Como pontos altos do Jaunty Jackalope pode-se citar a redução do tempo de boot e a melhoria na aparência do sistema. Os avanços na instalação de programas e extensões também é digno de menção, muito embora esses avanços ainda tenham ficado a meio caminho da perfeição — que não está longe de atingir, no entanto. Nada que uma semana de trabalho consequente não resolva e que já poderia estar disponível na versão 9.10.

Ubuntu 9.04 “Jaunty Jackalope” — Galeria de capturas de tela (17 figuras)