terça-feira, 20 de outubro de 2009

Banda larga popular de SP não cumpre critérios da ONU

Na última quarta-feira (14/10), o governador José Serra anunciou um projeto de banda larga popular em São Paulo. Mas, o pacote não passou pelo critério definido pela UIT (União Internacional de Telecomunicações), ligado as Organizações das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a Folha de S.Paulo, o serviço que será oferecido pelo governo terá velocidade mínima de 200Kbps (kilobits por segundo), enquanto a instituição considera banda larga a velocidade de transmissão de dados superior a 256 Kbps (kilobits por segundo).

Por outro lado, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não tem normas que definam a velocidade mínima da banda. Ela considera usuários de banda larga todos que têm acesso acima de 64 Kpbs, velocidade de conexões discadas.

O governo do Estado afirmou, em nota, que a definição da UIT é polêmica e que "o Brasil não tem regulamentação que indique qual a velocidade mínima para uma conexão ser classificada como banda larga". E também que a velocidade 200 Kbps é a mínima e ela pode chegar a 1 Mbps.

A diferença entre as velocidades do programa de banda larga popular e o mínimo admitido pela UIT foi evidenciado quando João de Deus, vice-presidente da Abrafix, associação que representa as teles fixas, citou o relatório da entidade que define banda larga como um serviço acima de 256 Kbps. A declaração foi feita durante debate no Futurecom.

Para defender as teles e a qualidade do serviço do país, João de Deus afirmou que a velocidade média para baixar arquivos (download) no Brasil é maior do que em outros países com a mesma renda per capita.

Telefônica
Primeira a aderir o plano, a Telefônica lançou um pacote com 250 Kbps de velocidade. Segundo Antonio Carlos Valente, presidente da empresa, na prática, o serviço atende aos padrões definidos pela UIT.

Na última sexta-feira (16/10), a companhia detalhou seu projeto de internet popular e anunciou a venda a partir de 9 de novembro. Somente assinantes do serviço de telefonia fixa poderão contratar a banda larga popular.

Fonte: Redação Adnews, TechWord

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